segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mais um se aposenta na ATP

Fala pessoal,

Pouco depois da aposentadoria do Fernando Gonzalez, agora foi a vez do Ivan Ljubicic se aposentar.

Para mim, o chileno foi bem mais marcante do que a do croata, porque, no final das contas, a direita do Gonzalez vai ficar marcada para sempre como a melhor de todos os tempos.

Ljubicic, na minha opinião, simboliza um suspiro (final?) de uma série de jogadores que contaram muito com o seu saque para se firmar entre os melhores.

Há uns quinze anos, era muito fácil encontrar inúmeros jogadores com o perfil Saque/Voleio. Hoje, quem acompanha o tênis há de concordar que o saque não é mais o ganhador de jogos que costumava ser, para nenhum jogador. Vale dizer, ainda acho o fundamento mais importante do jogo, mas sua essencialidade tem diminuido com o tempo.

Basta lembrar do número de jogadores que fiava em seu saque como elemento estrutural de seu jogo: Krajicek, Rusedski, Ivanisevic, Philippoussis, e até os mais técnicos, como Henman, Sampras e Rafter (isso para não falar dos astros de gerações mais antigas, de quem não tenho base suficiente para falar). Eram raríssimos os exemplos dos caras "habilidosos" que os encaravam de frente na quadra rápida. Lembro de Grosjean, Arazi, Rios e, claro, Agassi.

Para matar a saudade:

http://www.youtube.com/watch?v=36wpnYByAMA

http://www.youtube.com/watch?v=2vSnP3ys6Ck

Alguns fatores contribuiram para que esse perfil de jogador rareie atualmente. As quadras sistematicamente ficaram mais lentas, e, principalmente, as bolas utilizadas no jogo mudaram.

Lembro como se fosse ontem que ficava besta de ver o Ivanisevic ganhando os jogos em Wimbledon sem usar nem mesmo o voleio. Ele errava umas bolas na mão a dois passos da rede, fazia dupla falta, e logo depois arrebentava no saque. Basta ver o último game do seu título em 2001 pra comprovar: http://www.youtube.com/watch?v=_hECNfj5G_s

Lembro também de um campeonato de exibição que o Krajicek veio fazer no ginásio do Ibirapuera e abusou demais do poder do serviço. Em um lance bem engraçado ele quase vasectomizou um adversário com uma bola que rebateu na parede do fundo da quadra.

Outro ponto dessas aposentadorias (Ljubicic e Gonzales) que me chama atenção tem um cunho mais "sentimental".

Parece que uma geração muito interessante de jogadores está "chegando ao fim".

Em breve, vários jogadores bem marcantes dessa geração vão nos abandonar. Hewitt, Ferrero e Haas são alguns exemplos dos trintões que em breve sairão de cena. Ficarão na memória dos fãs.

Abraços!

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