sábado, 7 de abril de 2012

Audax, o time do Abilio Diniz

Fala pessoal,

Hoje a Folha de S. Paulo publicou uma matéria sobre o Audax, o time do Abilio Diniz, que antes chamava Pão de Açúcar Esporte Clube.

Abilio é conhecido por ser fã e praticante de esportes. Sua iniciativa esportiva mais famosa provavelmente é a Maratona de Revezamento Pão de Açucar, uma das mais antigas e movimentadas provas de rua do país. Abílio não apenas organiza a corrida, mas participa também (já ouvi dizer que seus seguranças obrigatoriamente são maratonistas, para conseguirem acompanhá-lo em sua exaustiva rotina de treinos).

Voltando ao Audax.

A mudança de nome da equipe, de Pão de Açúcar para Audax seguiu uma decisão estratégica. O medo da companhia era afastar os torcedores dos outros times das lojas, caso vencessem. Eu, pessoalmente, duvido que alguém que compre no Pão de Açúcar deixaria de comprar lá pelo simples fato de seu time ter perdido. Por acaso algum ferrarista deixa de tomar Red Bull?

A estrutura do time é invejável. São dois centros de treinamento, um no Rio e outro em São Paulo. O de São Paulo é impressionante, principalmente pela localização. Uma área de 50.000 metros quadrados, ao lado da Marginal Pinheiros. Quatro Campos com medidas oficiais, alojamento, refeitório, departamento médico, etc.

A coisa que me chamou mais atenção na reportagem da Folha foi um trecho final, que diz que os atletas não podem faltar à escola, nem a um curso de inglês oferecido pelo time. Além disso a matéria diz que 20 garotos fazem faculdade.

Para mim, isso faz a diferença.

É o que o próprio time chama de "conquista conceitual", uma forma de promoção de inclusão social utilizando o esporte como instrumento. 

Poderia parecer um projeto benemérito de um cara rico, mas não é. O esporte ali é praticado em alto nível, tanto que dali saíram revelações como o Paulinho do Corinthians, Bruno Uvini, que jogou no São Paulo e seleção na base. Além disso, o time profissional deve jogar a série A1 do Paulistão no ano que vem. Entretanto, o projeto não esquece formar também jovens cidadãos, o que é mais importante do que qualquer coisa.

Essa "pegada" conjunta entre esportes e cidadania distoa muito do que vemos acontecer há anos com os jovens talentos do país. Não é segredo para ninguém que os empresários de futebol mandam nas principais estrelas adolescentes, sem se preocupar, evidentemente, com o crescimento acadêmico que elas terão caso o futebol lhes feche a porta um dia.

Isso é o que empresários fazem, não adianta fazer como vários comentaristas e ficar reclamando sem oferecer outra saída. O Audax parece ter feito exatamente isso: oferecer um caminho diferente para os novos talentos.

Bravo!

Abraço

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