segunda-feira, 30 de abril de 2012

Esporte e música

Fala pessoal,

Lembrei de algumas associações entre música e esporte. Vamos a elas.

A NBA é mestra em fazer videos promocionais com a mistura: 

http://www.youtube.com/watch?v=41JY6Z312Xc (a música completa  dos Stones tá aqui: http://www.youtube.com/watch?v=uEJnr4wh08I&feature=related).

http://www.youtube.com/watch?v=75U_PqYMgvY&feature=fvwrel (não gosto muito da Christina Aguilera, mas a música combina muito).

http://www.youtube.com/watch?v=Y-FOTd8MP1o&feature=relmfu (Red Hot)

Na NFL já teve Michael Jackson no intervalo, em 1993: http://www.youtube.com/watch?v=qGIsuiMmN84

O Waka Waka da Shakira abriu a última Copa: http://www.youtube.com/watch?v=D6-mMWsXjMY&feature=related (falem o que quiserem, mas essa música vai ser marca do Mundial).

Pra fechar a lista, a música que marcou a Copa de 2002: http://www.youtube.com/watch?v=4b5EoB2ReN4

Abraço!



Salário de tenista e salário de futebolista

Fala pessoal,

Faço aqui uma reflexão com base no post publicado pelo Paulo Cleto em seu blog (http://colunistas.ig.com.br/paulocleto/).

Foram divulgados aumentos na premiação de 2 dos 4 maiores torneios de tênis do mundo, Wimbledon e Rolang Garros.

O que me chama a atenção não é a premiação dos vencedores. Muito pelo contrário, é a premiação dos "perdedores".

Aqueles jogadores que perderem na primeira rodada de um destes torneios levará para casa, ao menos, 23.500 dólares.

Pela cotação do dia de hoje, isso significa, aproximadamente, R$ 44.415,00.

Fiquei refletindo sobre o que significam estes números. Pensemos.

Imaginemos um jogador que seja bom o suficiente para jogar os 4 Grand Slams do ano, e perca sempre na primeira rodada, ok?

Esse cara levaria pra casa apenas por isso, 177 mil reais em um ano. Isso totaliza aproximadamente 14,5 mil reais por mês. Que tal um salário de 14,5 mil reais por mês por 4 torneios perdidos na primeira rodada? Ou 1,7 milhão em 10 anos de carreira?

Bom, com esses breves números, eu quero chegar em outro lugar. Leiam até o final, por favor!

Evidentemente, o jogador que se habilita para jogar os 4 grandes torneios do tênis, via de regra, não vai jogar apenas esses quatro torneio, ou seja, vai ganhar bem mais do que isso. Eu sei que o tenista tem ainda que repartir consideravelmente esse bolo, com o técnico, por exemplo. Mas de qualquer jeito acho justo pensar que esse cara vai tirar uns 20 mil por mês? De acordo?

Assim, acho que a reflexão que faço a seguir vale.

Pense em quantos tenistas em atividade pra valer temos no país (poucos). E pense agora em quantos jogadores de futebol temos no país (muitos).

Em seguida, pense em quantos jogadores de tênis ganham 20 mil reais por mês jogando profissionalmente(poucos). E pense agora em quantos jogadores de futebol ganham 20 mil reais por mês jogando profissionalmente (poucos também).

Ora, não consigo parar de pensar então, que proporcionalmente, há mais tenistas ganhando bem do que futebolistas. É plausível?

Imaginem quantos jogadores profissionais de futebol tem por aí no país... Amazonas, Acre, Alagoas... primeira, segunda, terceira divisão...

A maioria desses atletas entra no esporte pensando em mudar de vida, em ganhar dinheiro, etc. Não seria mais fácil entrar no tênis pensando nisso? Pensando estatisticamente eu acho que sim.

E aí chego aonde queria chegar.

O esporte em nosso país é visto por grande parte da parcela economicamente vulnerável da população como uma opção de vida. O futebol, por sua vez, é visto como a garota dos olhos de muitas crianças e adolescentes carentes, já que as quantias envolvidas neste esporte são absurdas.

É inegável, no meu ponto de vista, que a grana serve de inventivo para muitos (muitos mesmo) jovens começarem a praticar o futebol aqui no Brasil. A lógica é a mesma com o futebol americano/baseball/basquete nos EUA.

Será que essa idéia de que é mais fácil ganhar dinheiro com o tênis do que com o futebol no Brasil não atrairia mais jovens para o esporte da raquete?

Eu não sei, mas quis apenas dividir esse pensamento que passou na minha cabeça com vocês.

Abraços!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Caso Oscar de novo!

Fala pessoal,

Pra quem lembra, já dei minha breve opinião sobre o caso Oscar aqui: http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/2012/04/pitaco-sobre-o-caso-oscar.html

A estratégia continua a mesma nos dois lados. O São Paulo, de um lado, querendo assegurar o resultado de uma decisão judicial que lhe foi favorável; o Inter, de outro, tentando fazer de tudo pra pagar menos pelo jogador.

No meio de tudo isso, a demanda judicial.

Para quem nunca passou por um processo judicial, vou fazer uma breve explicação de como funcionam processo e acordo, relacionando com o caso do Oscar.

No começo, a pessoa que vai processar a outra geralmente tenta fazer um acordo para não ter que entrar na justiça, e perder tempo/dinheiro.

Os dois lados ponderam: posso ganhar tudo que quero, mas também posso perder tudo. Esse é um risco que se evita fazendo um acordo judicial, com concessões mútuas entre as partes.

O que acontece, é que muitas vezes as pessoas tem certeza que tem razão, então não querem fazer acordo e perder uma parte do que poderiam ganhar.

No caso, o Oscar não quis fazer acordo nenhum, porque acreditou que ia ganhar do São Paulo na Justiça. Correu o risco.

Maaaas...

O São Paulo ganhou na justiça, e o risco assumido pelo Oscar se fez realidade. Ele queria ganhar tudo, e acabou perdendo tudo.

Agora, o horizonte mudou. O São Paulo já tem praticamente tudo na mão (ainda há recursos pendentes na Justiça), então seu risco é praticamente zero. Oscar quer negociar para poder jogar no Inter... mas o São Paulo não teria nenhum motivo para não querer seu "tudo" agora - no caso, Oscar jogando no Morumbi.

Fora isso tem a questão negocial, mencionada no post cujo link está lá em cima.

Abraço!

Jornalismo esportivo

Fala pessoal,

A derrota na semi do Barça pro Chelsea tá rendendo muitas pérolas na imprensa na últimas 24 horas.

Impressionante como os jornalistas e comentaristas conseguem misturar fatos, opiniões, versões de terceiros.

Vou dar um exemplo.

Um dos principais FATOS da história é aquele que diz que o técnico Guardiola ainda não renovou seu contrato com o Barcelona.

Esse FATO não permite nenhuma conclusão por si só. Mas a imprensa brasileira se importa com isso?? De jeito nenhum. Já vi até jornalista global afirmando que o técnico não vai renovar.

Oras, como assim? Como um jornalista afirma isso?

Não teria problema nenhum passarem isso como OPINIÃO, mas invariavelmente atribuem status de FATO e uma mera opinião (desinformada, por sinal, porque são raros os jornalistas que se dão ao trabalho de buscarem fontes diretas na Espanha - um jornal na espanha não é fonte direta, hem - se não eu posso usar um portal de internet como minha fonte).

Mais engraçado é quando começam a falar que acham absurdo "essa crítica exacerbada que estão fazendo com o Barça", ou então "o massacre ao goleiro Julio Cesar"... ora, quem tá fomentando isso é o torcedor?

Bom, enfim, fica a crítica de um amante do esporte aos jornalistar.

Abraço!

Obs: apenas para deixar claro, a crítica se dirigiu à maneira como a notícia foi divulgada. Ao tempo do post, a saída do Guardiola era apenas um rumor, uma suspeita, com nenhuma confirmação. A suspeita se confirmou, mas isso não significa que o jornalista pode divulgar palpites em tom de certeza.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Expulsão do Terry contra o Barça

Fala pessoal,

Hoje o Chelsea passou pelo Barça, como todo mundo sabe.

O que me chamou a atenção foi um comentário do Mauro Cezar Pereira, um cara que respeito muito (talvez o que eu mais respeite), sobre a expulsão do Terry.

Pra ele, o Terry não deveria ter sido expulso por sua atitude no jogo.

Bom, eu penso bem diferente, com todo respeito.

Inquestionavelmente, o Terry agrediu um colega do time adversário. Na minha opinião, não interessa se o cara dá uma joelhada nas costas, um tapa na cara ou um empurrão no outro. É absurdo, no esporte, tolerar uma conduta deliberada de agressão a um oponente.

O que acontece, pra mim, é que já nos acostumamos tanto a ver esse tipo de atitude que começamos a relativizar certas coisas. Mas não podemos esquecer nunca que, no fim das contas, aquilo ali é esporte, e, difinitivamente, o espírito do esporte não tem nada a ver com o que o Terry fez.

Para quem é mais "regrista", a minha opinião se mantém: o cara agrediu, e a sanção cabível é a expulsão, ponto final.

Abraço!

Atleta exemplar

Fala pessoal,

Há alguns dias, vi no blog do Fininho que o ex-tenista Marcio Carlsson passou na OAB e virou advogado.

Segundo o relato, Carlsson teve que enfrentar uma dura rotina de tenista, pai e estudante para alcançar esse sonho.

Infelizmente, exemplos admiráveis como esse não são muito difundidos por aí. Esse é um dos caras que mostrou o verdadeiro espírito de um esportista, levando para fora das quadras aquilo que esperamos aprender dentro dela.

Digo isso porque é muito comum para qualquer profissional, seja ele um atleta ou não, acabar caindo na inércia da rotina, fazendo as mesmas tarefas, os mesmos treinos, cumprindo as mesmas metas. Isso não significa que o cara não vai ser bem sucedido. Há vários profissionais por aí nesse ritmo que acabam se dando bem, por um motivo ou por outro.

Mas são caras como o Marcio Carlsson que servem (ou deveriam servir) de exemplo para atletas e não atletas. É esse espírito de insatisfação e inconformidade que deve guiar um atleta sempre. Esse sentimento de sempre querer se superar. Se existisse um prêmio de mérito para ex-atletas o Marcio Carlsson estaria na briga pelo meu voto, sem dúvida.

Digo isso porque o cara mostrou que a vitória, para um atleta de verdade, não está simplesmente na superação em quadra. O verdadeiro desafio é o crescimento interno e a formação inteira como pessoa, seguindo o lema mais batido e menos entendido do esporte mundial: corpo são e mente sã.

Parabéns ao Marcio.

Abraços

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Futebol Freestyle

Fala pessoal,

Acho que muita gente lembra da competição que a Red Bull promoveu em que os concorrentes tinham que dar show com a bola. O Neymar chegou a participar, e, com todo respeito ao melhor jogador do Brasil, foi humilhado.

Nessa sequência de vídeos da ESPN norte-americana que estou postando, encontrei um sobre o Freestyle Soccer bem bacana. O Leandrinho chega a aparecer, e o Steve Nash mostra uma impressionante intimidade com a bola de futebol.

http://www.youtube.com/watch?v=Rpi5205WjvQ&feature=relmfu

Por que isso não pegou no Brasil?

Abraço!

Matt Ziesel

Fala pessoal,

Desafio qualquer um a não arrepiar com esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=YuS3_CJ8oT0&feature=relmfu

Esses vídeos da ESPN são uma lição do que é o esporte.

Abraço!

E:60 - Eu amo a ESPN americana


Fala pessoal,

Acho que acabei de descobrir uma mina de ouro para quem gosta de esportes.

O canal da ESPN (internacional) no youtube traz alguns mini-documentários excelentes.

O primeiro que assisti é impressionante. Mostra como o esporte pode mudar a vida de um cara comum.

http://www.youtube.com/watch?v=bO7Hv-2Eybs&feature=related

Abraços!

Obs: 200 "pounds" são 90 quilos. Sim, ele perdeu isso em um ano.

Em tempo: onde está esse tipo de produção nacional???

Pegadinha no Rooney

Fala pessoal,

Achei um vídeo engraçado aqui.

É um pouco antigo já (2007), mas eu nunca tinha visto.

O Ferdinand, companheiro do Rooney no Manchester United, armou uma pra ele ficar mal na frente de um "inocente" garoto. Vejam aí!

http://www.youtube.com/watch?v=E0ElYE0pCf4&feature=g-vrec&context=G259b557RVAAAAAAAAAA

Abraços!

Mais um se aposenta na ATP

Fala pessoal,

Pouco depois da aposentadoria do Fernando Gonzalez, agora foi a vez do Ivan Ljubicic se aposentar.

Para mim, o chileno foi bem mais marcante do que a do croata, porque, no final das contas, a direita do Gonzalez vai ficar marcada para sempre como a melhor de todos os tempos.

Ljubicic, na minha opinião, simboliza um suspiro (final?) de uma série de jogadores que contaram muito com o seu saque para se firmar entre os melhores.

Há uns quinze anos, era muito fácil encontrar inúmeros jogadores com o perfil Saque/Voleio. Hoje, quem acompanha o tênis há de concordar que o saque não é mais o ganhador de jogos que costumava ser, para nenhum jogador. Vale dizer, ainda acho o fundamento mais importante do jogo, mas sua essencialidade tem diminuido com o tempo.

Basta lembrar do número de jogadores que fiava em seu saque como elemento estrutural de seu jogo: Krajicek, Rusedski, Ivanisevic, Philippoussis, e até os mais técnicos, como Henman, Sampras e Rafter (isso para não falar dos astros de gerações mais antigas, de quem não tenho base suficiente para falar). Eram raríssimos os exemplos dos caras "habilidosos" que os encaravam de frente na quadra rápida. Lembro de Grosjean, Arazi, Rios e, claro, Agassi.

Para matar a saudade:

http://www.youtube.com/watch?v=36wpnYByAMA

http://www.youtube.com/watch?v=2vSnP3ys6Ck

Alguns fatores contribuiram para que esse perfil de jogador rareie atualmente. As quadras sistematicamente ficaram mais lentas, e, principalmente, as bolas utilizadas no jogo mudaram.

Lembro como se fosse ontem que ficava besta de ver o Ivanisevic ganhando os jogos em Wimbledon sem usar nem mesmo o voleio. Ele errava umas bolas na mão a dois passos da rede, fazia dupla falta, e logo depois arrebentava no saque. Basta ver o último game do seu título em 2001 pra comprovar: http://www.youtube.com/watch?v=_hECNfj5G_s

Lembro também de um campeonato de exibição que o Krajicek veio fazer no ginásio do Ibirapuera e abusou demais do poder do serviço. Em um lance bem engraçado ele quase vasectomizou um adversário com uma bola que rebateu na parede do fundo da quadra.

Outro ponto dessas aposentadorias (Ljubicic e Gonzales) que me chama atenção tem um cunho mais "sentimental".

Parece que uma geração muito interessante de jogadores está "chegando ao fim".

Em breve, vários jogadores bem marcantes dessa geração vão nos abandonar. Hewitt, Ferrero e Haas são alguns exemplos dos trintões que em breve sairão de cena. Ficarão na memória dos fãs.

Abraços!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Leandrinho na NBA

Fala pessoal,

Lenadrinho é um dos jogadores brasileiros de maior sucesso na NBA.

O cara é muito humilde, e, na minha opinião, merece o sucesso que faz.

Esse vídeo mostra um lado curioso da chegada do jogador na liga americana. O cara foi treinar de bicicleta, e ela sumiu. Quem quiser ver o motivo, dá uma olhada.

http://www.youtube.com/watch?v=cghqwv691gw&feature=related

Abraço!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Os campeonatos que não valem nada

Fala pessoal,

Várias vezes já ouvi técnicos, jornalista e jogadores falando que um determinado campeonato não vale nada. O principal exemplo é o campeonato estadual de futebol.

Não poderia discordar mais.

Geralmente, quando dizem isso, os autores do comentário levam em conta a importância de algum outro campeonato, como o Brasileirão ou a Libertadores.

Claro, qualquer torcedor prefere ganhar a Libertadores, não discuto. Mas partir dai para afirmar que o campeonato estadual tem menor importância é demais.

Para mim, isso parece desculpa de perdedor. Os técnicos e jogadores vão adorar falar que o estadual não era a prioridade, porque é muito cômodo. Como somente um time vai vencer, praticamente todo mundo ganha uma desculpa imediata para a derrota.

Fora que essa máxima de que o campeonato não importa tira a pressão de quem tem que vencer os times "menores", por exemplo.

Para os jornalistas, em geral, a insatisfação também é grande. Mas cá entre nós, jornalista nenhum gosta de cobrir Linense e Catanduvense, ou Boavista e América, por exemplo. Outro dia ouvi o Silvio Luiz dizer no rádio que nem clássico ele assistiu porque domingão foi dia de ficar com a família!

Não to dizendo que a fórmula dos campeonatos estaduais é boa, ou coisa assim. O que eu quero dizer é que esporte é esporte, caro colega.

Uma vez dentro de campo, a importância de um jogo é a mesma, e o significado da derrota ou da vitória é o mesmo.

Como atleta amador, eu posso dizer que já disputei muitas partidas em diferentes modalidades e campeonatos (paulista, brasileiro, panamericano, etc). Garanto que em nenhuma delas encarei a partida como "de menor importância", ou deixei de dar 100%... por que teria que ser assim no profissional, então??

Abraço!

sábado, 7 de abril de 2012

Jogos em feriados

Fala pessoal,

Antes de tudo, Feliz Páscoa para todos os que comemoram esta data!

Não sei se vocês já perceberam isso, mas aqui no Brasil a maioria dos campeonatos fica suspensa durante uma data comemorativa (até durante o Carnaval!).

Em vários outros países não é assim. Muito pelo contrário.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a temporada não para nem em Ação de Graças, salvo engano. E a lógica disso é bem simples.

Os feriados, ou datas comemorativas, são os dias em que, geralmente, toda a família está reunida em casa durante a maior parte do dia. Com isso, a televisão ganha grande parte da atenção das pessoas, sentadas na sala enquanto conversam, almoçam, etc.

Isso é sinônimo de audiência. Muita audiência.

Obviamente, os promotores de campeonatos esportivos "na gringa" não perdem a chance de capitalizar. Os valores dos intervalos comerciais aumentam, e a disputa pelo espaço na programação é acirrada.

E o mais curioso é que, ao contrário do que poderia se esperar, muitos dos jogadores não se importam em ter que jogar nesses dias, porque são as maiores vitrines que se pode ter.

Muito diferente daqui, não?

Abraço!

Ps: vejam que sensacional esse comercial da rodada de Natal da NBA, colocando na mesma cena jogadores do passado e do presente - http://www.youtube.com/watch?v=SZUgsJAbW4U

Os atletas nascem mais fortes no exterior?

Fala pessoal,

Estava vendo uns lances da NBA por aqui e me peguei pensando: como os caras ficam tão fortes por lá?

Só pra deixar claro, não to fazendo nenhuma sugestão de doping com esse post.

Podemos retirar essa discussão do contexto da NBA e transportar para vários outros esportes. Pensem em quantos jogadores foram jogar bola na europa e passaram por um "fortalecimento muscular".

Os exemplos de atletas que foram pro exterior e ganharam massa muscular, explosão e força são vastos. Nenê Hilário, Baby, Varejão (basquete), Kaká, Marcelo, etc.

Isso acontece para que eles consigam encaram os jogos no exterior, já que todo mundo é "maior" por lá.

Por que será? A preparação física aqui no Brasil deixa a desejar?

Sinceramente, eu acho que pode ser isso sim.

Acho isso porque não consigo ver nenhum problema nas outras variáveis que fazem um atleta ter um excelente preparo. Como no exterior, aqui eles se alimentam muito bem, descansam muito bem, e tem um atendimento médico muito bom (no caso dos atletas top, pelo menos).

A única coisa que muda então, ao meu ver, é a forma com que estes elementos são combinados com a preparação física.

Vou dar um exemplo simples. Há um tempo, conheci um jogador de hoquei canadense, que me explicou que quando eles vão malhar, escolhem exercícios que utilizam o corpo inteiro, e seus movimentos naturais. Assim, ao invés de fazer uma séria de supino na academia, por exemplo, os caras amarravam pesos pelo corpo e ficavam deitando e levantando de diferentes formas.

Não estou dizendo que isso é necessariamente mais eficiente, mas prepara os caras de uma maneira muito boa para o que eles fazem. Ficam ágeis, rápidos e muito fortes ao mesmo tempo.

Deem uma olhada, por exemplo, no treinamento físico do Dwayne Wade, astro da NBA;

http://www.youtube.com/watch?v=hBZyuEdmQDk (a partir de 1:44)

Ou essa preparação pré-Draft da NBA

http://www.youtube.com/watch?v=45gQ55FadhI&feature=related (especialmente o exercício do 4:44)

Resumindo, eu não consigo entender como os caras no exterior ficam mais fortes, rápidos e ágeis que os atletas daqui. Quer dizer, a única explicação que eu consigo vislumbrar é a diferença na preparação física.

E isso pode ser visto em qualquer esporte. Basta ver o físico de atletas como Patrice Evra (futebol, França), Cadel Evans (ciclismo, EUA), Lebron James (basquete, EUA), Rafael Nadal (tênis, Espanha), ou qualquer um do Rugbi ou futebol americano e comparar com atletas de ponta nacionais.

Abraço!

Atletas empresários

Fala pessoal,

Atualmente vemos alguns jogadores virando empresários após encerrarem a carreira.

Eu, pessoalmente, sempre me perguntei o que exatamente um ex-atleta pode fazer dentro de uma empresa.

Deve ser muito engraçado entrar na firma e ver o Ronaldo ligando o computador e fazendo uma planilha de Excel com receitas e despesas.

Deixando a brincadeira de lado, eu sei que o Ronaldo não vai na 9ine fazer planilha.

A questão é que a gente sempre ouve as notícias de que vários atletas são empresário. Ronaldo, Oncins, Vissotto, Luiz Mattar, Rivellino, etc.

O que ninguém sabe, inclusive eu, que sou bem antenado nessas notícias, é o que esses caras de fato fazem dentro da estrutura organizacional da empresa (a única exceção para mim é o Luiz Mattar). E eu gostaria muito de saber.

É uma curiosidade mesmo.

Em princípio, eu acho que a empresa de um ex-atleta só vai para frente se ele se dedicar exclusivamente em explorar a imagem que construiu ou então focar-se no que sabe fazer bem (o seu esporte).

Aparentemente, é o que fizeram, respectivamente, Ronaldo e Jaime Oncins. Um usa sua imagem, o outro manda dentro das quadras nas suas academias.

Mas será que é isso mesmo? Ou será que eles tomam decisões estratégicas, como, por exemplo, onde investir, o que fazer com o lucro auferido em um ano, etc?

Abraço!

Blake Griffin X Pau Gasol

Fala pessoal,

Essa é imperdível pra quem gosta de basquete.

Nessa semana os dois times de Los Angeles se enfrentaram. E não é a derrota dos Clippers para os Lakers (já rotineira) que vai ficar na memória, mas sim as duas enterradas absurdas que o Blake Griffin deu em cima do Pau Gasol.

http://www.youtube.com/watch?v=gwEvubuFH4Y

Abraço!

Audax, o time do Abilio Diniz

Fala pessoal,

Hoje a Folha de S. Paulo publicou uma matéria sobre o Audax, o time do Abilio Diniz, que antes chamava Pão de Açúcar Esporte Clube.

Abilio é conhecido por ser fã e praticante de esportes. Sua iniciativa esportiva mais famosa provavelmente é a Maratona de Revezamento Pão de Açucar, uma das mais antigas e movimentadas provas de rua do país. Abílio não apenas organiza a corrida, mas participa também (já ouvi dizer que seus seguranças obrigatoriamente são maratonistas, para conseguirem acompanhá-lo em sua exaustiva rotina de treinos).

Voltando ao Audax.

A mudança de nome da equipe, de Pão de Açúcar para Audax seguiu uma decisão estratégica. O medo da companhia era afastar os torcedores dos outros times das lojas, caso vencessem. Eu, pessoalmente, duvido que alguém que compre no Pão de Açúcar deixaria de comprar lá pelo simples fato de seu time ter perdido. Por acaso algum ferrarista deixa de tomar Red Bull?

A estrutura do time é invejável. São dois centros de treinamento, um no Rio e outro em São Paulo. O de São Paulo é impressionante, principalmente pela localização. Uma área de 50.000 metros quadrados, ao lado da Marginal Pinheiros. Quatro Campos com medidas oficiais, alojamento, refeitório, departamento médico, etc.

A coisa que me chamou mais atenção na reportagem da Folha foi um trecho final, que diz que os atletas não podem faltar à escola, nem a um curso de inglês oferecido pelo time. Além disso a matéria diz que 20 garotos fazem faculdade.

Para mim, isso faz a diferença.

É o que o próprio time chama de "conquista conceitual", uma forma de promoção de inclusão social utilizando o esporte como instrumento. 

Poderia parecer um projeto benemérito de um cara rico, mas não é. O esporte ali é praticado em alto nível, tanto que dali saíram revelações como o Paulinho do Corinthians, Bruno Uvini, que jogou no São Paulo e seleção na base. Além disso, o time profissional deve jogar a série A1 do Paulistão no ano que vem. Entretanto, o projeto não esquece formar também jovens cidadãos, o que é mais importante do que qualquer coisa.

Essa "pegada" conjunta entre esportes e cidadania distoa muito do que vemos acontecer há anos com os jovens talentos do país. Não é segredo para ninguém que os empresários de futebol mandam nas principais estrelas adolescentes, sem se preocupar, evidentemente, com o crescimento acadêmico que elas terão caso o futebol lhes feche a porta um dia.

Isso é o que empresários fazem, não adianta fazer como vários comentaristas e ficar reclamando sem oferecer outra saída. O Audax parece ter feito exatamente isso: oferecer um caminho diferente para os novos talentos.

Bravo!

Abraço

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Análise tática do Barça

Fala pessoal,

Uma das melhores análises táticas que já vi do Barcelona está neste vídeo na internet: http://www.youtube.com/watch?v=qL54a_Ft05M .

Ao invés de ficar falando sobre a "personalidade" do time ou sobre o "estilo de jogo" do time, o autor do vídeo mostra como, de fato, os jogadores se comportam para aplicar a "filosofia" de jogo.

Muito mais do que confiar na qualidade dos seus jogadores, o Bacelona de fato tem um perfil tático, isto é, a estratégia de saída de bola não é "toque para o volante", ou "faça ligação direta". Eles tem instruções claras do que fazer com a bola em cada situação de jogo, e o que fazer sem ela.

O que me chamou mais atenção do vídeo é a hora que a legenda diz que é necessário fazer o campo ficar grande quando você tem a bola, e pequeno quando está sem ela(a partir de 06:02). Isso é tática de verdade.

Abraço

Meligeni

Fala pessoal,

Acabei de cruzar com o ídolo Fernando Meligeni levando o filho para passear no Parque do Ibirapuera.

Esse fato da vida me incentivou a escrever sobre esse memorável ex-jogador.

Fininho é um dos maiores jogadores de tênis da história do Brasil, e, sem dúvida nenhuma, é o mais carismático ao lado do Guga.

Meligeni chegou a ocupar o nº 25 do ranking da ATP e durante muitos anos figurou entre os top 100 (a primeira vez que "furou" o top 100 foi em 1993!).

Em 1999, Fininho fez uma lendária campanha em Roland Garros. Ele derrotou, por exemplo, o Felix Mantilla, uma cara osso duríssimo, que jogava muito no saibro, e o Patrick Rafter, que se não era saibrista tinha "experi" de sobra (chegou a ser nº 1 do mundo). Depois ainda bateu o Alex Corretja, outro especialista no piso, que chegou a ser nº 2 do mundo!

Fino perdeu na semi para o Medvedev, mas encantou todo mundo naquelas duas semanas em Paris.

Bom, vamos aos motivos que fazem do cara um atleta admirável.

Antes de tudo, a raça e dedicação que o cara sempre mostrou dentro da quadra. Várias foram as vezes que vimos o louco pulando pra alcançar umas bolas impossíveis, sem contar que ele vendia muito duro qualquer ponto. Tinha que ganhar do cara mesmo, senão ele te engolia.

Depois, uma coisa que ninguém fala: a regularidade do cara durante a carreira. Fininho pode não ter ganhado inúmeros torneios (Praga, Pinehurst - http://www.youtube.com/watch?v=IotaD7vkk4E, vitória na final sobre Wilander -, e Bastad), mas sempre tava ali brigando nas principais competições, e terminando entre os tops vários anos seguidos.

Por fim, e muito marcante, o cara é o símbolo do Brasil na Davis, na minha opinião. Muitas vezes encarava os "favoritos", chegava no jogo e surpreendia. Tudo porque deixava tudo dentro da quadra, e parecia que sabia o que estavam esperando dele quando representava o país.

Pra mim, o Fininho traz muitas boas lembranças, pois acompanhava muito de perto o seu desempenho. Tava na minha adolescência, disputando torneios de federação, e olhava com muita admiração para o cara.

Lembro, como quase todo mundo que gosta de tênis, do jogo entre ele e o Marcelo Rios, um dos jogadores mais talentosos de todos os tempos, na minha opinião - http://www.youtube.com/watch?v=V6nCuicB59w.

Enfim, a época auge do Fininho coincidiu com os bons momentos da carreira do Guga também, então pra quem gosta de tênis foi uma época de ouro no país.

Terminada a carreira dentro das quadras, Fininho se aventurou do lado de fora, chegando a comandar o time brasileiro na Copa Davis.

Tenho uma lembrança bem curiosa a respeito desse fato. Um dia fui assistir ao Aberto de São Paulo no Parque Villa Lobos, e em um horário fora de jogo, por acaso, eu estava na arquibancada da quadra central vendo algum jogador treinar (acho que era o Saretta, mas não tenho certeza). As arquibancadas já estavam vazias quando o Fininho apareceu na quadra, de bermudão, e resolveu bater uma bola com o tal jogador.

Pouco tempo depois pedi pra bater uma bola com ele, afinal o cara era meu ídolo, vai saber né. Ele pediu desculpas e falou que tinha uma reunião.

Claro que na hora fiquei triste, mas depois fui entender. A notícia de que ele comandaria o time brasileiro saiu no dia seguinte, ou alguns dias depois daquilo.

Se um dia ele vier a ler isso eu já peço desculpas se o incomodei cumprimentando-o no parque do Ibirapuera hoje enquanto estava com seu filho.

Mas ele tem que entender. Quem é tenista brasileiro é órfão do Fernando Meligeni!

Abraço

Treinamento exemplar - NFL

Fala pessoal,

Pra quem não gosta de futebol americano eu recomendo assistir aos vídeos que estão no fim do post, para pelo menos admirar os caras que praticam esse esporte.

Eles são um exemplo de empenho e preparação.

Esse é um esporte que exige que o cara treine absurdamente forte a vida inteira, senão ele nem sobrevive.

É bem diferente do futebol, por exemplo, em que vários atletas ficam fora de forma em toda temporada (e acham que compensam com uma técnica mais apurada), treinam num ritmozinho suave, e fazem de tudo para pular o treino físico.

No futebol americano não é assim. Os caras ralam todos os dias.

Como exemplo, posto alguns vídeos de "drills", que são aquelas sequências que vemos em qualquer treino de futebol profissional. A diferença aqui é a intensidade (Titeando) com que os caras fazem o exercício, coisa que nunca vi um jogador de futebol por aqui fazer.

http://www.youtube.com/watch?v=JQ4i79HT5hI&feature=related (a partir do segundo 0:44 é impressionante).

http://www.youtube.com/watch?v=UG1hGEBRvrk

http://www.youtube.com/watch?v=lsSC2vx7zFQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=9uIECZKezG0

Abraço

Fab Melo no Draft da NBA

Fala pessoal,

Aparentemente o Fab Melo, brasileiro que atuou na equipe de Syracuse no basquete universitário americano, vai mesmo entrar no draft, e as chances de ser escolhido são boas.

Pra quem não sabe, o draft, em linhas gerais, é um sistema por meio do qual os times da NBA selecionam novos jogadores para sua esquadra.

O sistema é muito interessante, pois os times que foram pior na temporada tem mais chances de ficar com os melhores jogadores inscritos no draft. Isso porque rola um sorteio pra definir a ordem de escolha, e os piores times tem mais "bolinhas" do que os outros, justamente como um forma de ajudá-los a se reforçar e aumentar a competitividade na NBA.

Por outro lado, como é um sorteio, os piores times não necessariamente terão as primeiras escolhas, o que evita que eles joguem para perder numa temporada de olho numa melhor posição no draft.

Fab Melo está bem cotado por ter feito um bom trabalho no forte time de Syracuse, mas sofreu algumas críticas por ter ficado de fora da competição nacional justamente no seu momento mais importante, o período do March Madness, quando tudo é decidido (http://www.youtube.com/watch?v=Qds2K2wpCAg).

O jogador não pode jogar por causa do seu desempenho acadêmico insuficiente.

Lá funciona assim mesmo. Se você não atinge o número de créditos em aula, ou notas razoáveis, você não pode entrar em quadra. E foi provavelmente o que aocnteceu com Melo (o assunto foi tratado em sigilo).

Eu, pessoalmente, acho esse tipo de política muito bacana, porque obriga o atleta a ser mais do que um jogador. Obriga-o, basicamente, a estudar minimamente.

Tudo isso evita que aconteçam muitas coisas que vemos acontecer por aqui com os atletas, principalmente quando se aposentam das pistas/quadras/gramados. O estudo vai reduzir o risco de o cara perder a grana que juntou, e ajudá-lo a começar do zero em outra profissão, por exemplo.

Em breve falo um pouco mais sobre o sistema do draft nos esportes americanos.

Abraço!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fim do Palmeiras B vale a pena?

Fala pessoal,

A notícia corrente é que vão extinguir o Palmeiras B, rebaixado para a A3 do Paulistão.

O motivo seria a falta de justificativa para uma equipe que consome 350 mil reais por mês para não dar retorno.

Parei para pensar um pouco, e por mais incrível que pareça fiquei pensando... será que não dá retorno mesmo?

Fazendo uma conta simples, a equipe existe há 12 anos. Vamos supor que a folha salarial tenha sido sempre esses 350 mil (tomaremos o valor como média). Ao todo, então, teriam sido gastos mais ou menos 50 milhões de reais nos 12 anos.

Do Palmeiras B saíram, por exemplo, Vagner Love, Diego Cavalieri, Bruno, Ilsinho, Marquinho, Edmilson, Zé Love, David Braz, Alceu.

Só com a venda destes jogadores, o Palmeiras ganhou quanto?

Em breve Pesquisa:

Vagner Love do Palmeiras para o CSKA: 7,5 milhões de dolares (o dólar estava cotado a 3,1 na época - http://infobip1.no-ip.info:8020/indices/dolar_2004.htm- o que totaliza 23,25 milhões de reais.

Vagner Love do CSKA para o Flamengo: 2 milhões

Diego Cavalieri do Palmeiras para o Liverpool: 6 milhões

Ou seja, em meras 3 transações de 2 jogadores o Palmeiras abateu 31,25 milhões de reais da conta.

O "custo" do Palmeiras B, portanto, é bem menor do que parece. Abatendo apenas o valor conseguido nas operações citadas, ficamos com 18,75 milhões de reais em 12 anos, o que totalizaria pouco mais de 130 mil reais por mês.

Se formos abater o valor de outros jogadores vendidos a conta é menor ainda.

Isso sem contar o valor intangível de ter um jogador como Vagner Love em campo, de fato jogando pelo time, por exemplo.

Na ponta do lápis, será que não vale a pena gastar 130 mil reais por mês para correr o risco de encontrar outro Vagner Love ou Diego Cavalieri pra jogar no Palmeiras?

Abraço


Guga Uncovered

Fala pessoal,

Hoje a ATP colocou na sua página principal um vídeo sobre o Guga.

http://www.atpworldtour.com/

Pra mim esse cara é um exemplo do que um ídolo precisa ser. Extremamente simples, humilde, discreto, coerente.

Ouvi uma história fenomenal sobre o Guga, dividirei em algum post especial sobre ele no futuro.

Abraço!

Tom Brady, o azarão

Fala pessoal!

Hoje é indiscutível que o Tom Brady é um dos grandes jogadores da história do futebol americano.

O que pouca gente sabe por aqui é que por muito pouco o cara não virou "vendedor de seguros" (suas próprias palavras).

Isso porque ele quase não foi escolhido no Draft, a peneira americana para os times da liga profissional. Sim, um dos melhores jogadores da história quase escorregou por entre os dedos dos selecionadores.

Esse vídeo é um resuminho disso tudo, com direito a choro do marmanjo lembrando da situação:

http://www.youtube.com/watch?v=uju5Z8TyYjc

A versão longa da história tá aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=npBKRuctmVs&feature=relmfu

O post sobre o Jeremy Lin me lembrou disso. Como é que pode ser tão fácil esses caras "escaparem" dos olheiros? Quantos talentos não tiveram essa sorte, e hoje estão fazendo alguma outra coisa em que não são o que poderiam ser no esporte?

O que chama mais atenção, na minha opinião, é que estes dois casos (Lin e Brady) se deram justamente no país que tem a melhor estrutura para descobrir e criar talentos.

Acho que não tem explicação.

Abraço

Jeremy Lin

Fala galera,

A história do Jeremy Lin é uma das mais impressionantes do esporte dos últimos tempos. Para mim ele é o Mark Zuckerberg do esporte.

Resumindo os fatos, Jeremy Lin saiu da Universidade de Harvard para se tornar jogador secundário de equipes secundárias na NBA. Morava quase que de favor na casa de um companheiro quando a chance de entrar em quadra pelos Knicks caiu no seu colo por causa de várias lesões no time.

O cara destruiu. Saiu do banco e fez uma pancada de pontos, assistências e roubos de bola em partidas seguidas, e virou a sensação da cidade que mais consome esportes do mundo. Imagina se o cara continuou a morar de favor.

Quando o cara tava mais em alta, os Knicks iam enfrentar o favorito time dos Lakers, do astro Kobe Bryant. Perguntado sobre o atleta "geninho", Kobe disse que não sabia o que tava acontecendo, ou o que ele tinha feito (dando uma esnobada). Olha o vídeo aí:

http://www.youtube.com/watch?v=CPAYzNH4xXY

Bom, acho que depois do jogo ele descobriu.... (vídeo)

http://www.youtube.com/watch?v=tlG045iZsBI&feature=related

O que fica de tudo isso é que, além de revelar ser um baita jogador, Jeremy Lin mostrou o que a persistência e a dedicação podem fazer.

Antes de virar a sensação da cidade, Lin enfrentou sério problema de contusão, e, mesmo com um ponto de interrogação enorme a sua frente (afinal ele não era "ninguém" na profissão dele até o momento), ele treinou duro, até mesmo durante o lockout das equipes que rolou por lá.

Fora que o cara largou o diploma da prestigiada faculdade de economia de Harvard para se arriscar num esporte que prometia pouco para ele.

Esse cara é exemplo.

Abraço!

Pelo fim da barreira no futebol

E aí, galera!

O goleiro do Santos, Rafael, disse que tomou o gol ontem porque não conseguiu enxergar a cobrança da falta que resultou no gol.

Isso me fez voltar a pensar num assunto sobre o qual já refleti.

Por que os goleiros de hoje em dia ainda montam a barreira??

Vamos aos poucos.

Eu não sou tão radical a ponto de afirmar que a barreira é inútil. Mas acredito sim que ela só tenha serviço para as faltas bem próximas da área.

Pensem bem. Em tese, a barreira serve pra evitar que o jogador de uma "bomba" direto pro gol com o caminho livre. Se a falta é bem próxima da área, faz sentido montar a barreira.

Mas quando o local de cobrança guarda certa distância para a meta, a barreira só atrapalha! 

Ela não deixa o goleiro ver a bola e faz com que ele tenha que ficar mais perto de uma das traves.

Tirando a barreira, ele além de consegiur ver a bola poderia se posicionar no meio do gol, e saber desde o momento em que o cara pega na bola pra onde a gorduchinha vai.

Bom, aí você me diz "o caminho pro chute direto vai ficar muito fácil".

Vai nada! Porque o goleiro estaria muito melhor posicionado para o chute em qualquer direção. Fora que o cara teria que acertar um chute muito forte e muito bem colocado ao mesmo tempo.

Seria quase impossível um gol de falta com a batida "colocada", ao contrário de hoje, que praticamente basta a bola passar bem pela barreira que é gol.

Pra mim, hoje a barreira permanece no futebol muito mais como um elemento de tradição do que de eficiência, e também porque goleiro nenhum quer ser o primeiro a arriscar tirar sua barreira e ser crucificado se tomar o gol.

Abraço

Pitaco sobre o caso Oscar

Fala Galera,

Temos acompanhado as notícias sobre a briga entre São Paulo, Oscar e Internacional.

A despeito da questão jurídica, uma coisa sempre me chama muita atenção nesses casos em que o jogador briga com o clube, e que pouca gente percebe.

Pensa só.

O São Paulo tá brigando pra caramba pela jóia que criou, e quem vem jogando muita bola no Inter. Obviamente, ele tá vislumbrando não apenas o reforço da equipe, caso ele venha a jogar pelo time paulista, mas também o lucro que pode auferir em uma futura transação.

Só que há um problema nessa operação, como em tantas outras que vemos no mundo do futebol.

E se o Oscar resolver "quebrar a mão"? E se, confirmado o contrato dele com o São Paulo com o prazo de 5 anos, ele simplesmente resolver ser um péssimo jogador de propósito?

Nesse caso, ao invés de ganhar na loteria, o São Paulo ficará com um baita mico na mão, porque, no mínimo, vai ter que pagar o salário do cara por 5 anos pra nada! Ou então demitir o cara e correr o risco de ele ir correndo pra outra equipe.

Esse tipo de problema já se repetiu várias vezes no futebol, só que sempre se fala na questão jurídica, e se esquece do aspecto negocial da coisa toda.

O que deixa claro que os jogadores usam sim isso como insrumento de pressão sobre o time do qual querem se desvencilhar é a declaração dada, salvo engano, pelo empresário do Oscar, que afirmou que se ele tiver que voltar mesmo para o São Paulo ele vai parar de jogar (indicando que quer forçar o São Paulo a fazer um acordo financeiro).

Muito bacana tudo isso porque sai totalmente da questão esportiva ou jurídica, e entra no campo da estratégia negocial. No caso citado, o São Paulo garante que quer o jogador de volta e não está disposto a negociar. Do outro, Oscar envia sinais de que se o São Paulo forçá-lo a voltar pode se arrepender.

Abraço

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Notícias do dia

Vitória do Real
Incrível a imagem do jornal Marca mostrando o jogador do Apoel perdendo dois dentes. http://www.marca.com/2012/04/04/futbol/liga_campeones/1333570507.html

Reclamação do Ibra
O Barcelona sempre "ganha" o juiz.

Denilson renova com o São Paulo
Esse cara jogava bem no Arsenal, o que aconteceu?

Laboratório da USP mira aval olímpico
Podiam se preocupar um pouco mais com a expansão da estrutura esportiva que tem, na minha opinião.

Abraço

Técnicos e treino no futebol

Fala Pessoal,

Acabo de ler o post do Cosme Rímoli sobre a reserva de mercado do posto de técnico da seleção brasileira de futebol. Gostei. E vou além.

Não sei quem já teve oportunidade de jogar futebol, ou treinar o esporte um pouco mais a sério.

Quem já treinou sabe como é o "esquema" de treino que predomina, na maioria das vezes. Não muda muita coisa de treinador para treinador. Claro, cada um tem suas preferências no esquema tático, mas o grosso não muda muita coisa não. Nunca você vai ouvir um jogador falando que tal treinador fez um treino que ele nunca viu na vida.

As únicas exceções de que eu já ouvi falar foram o Guardiola e o Mourinho. Do treino do primeiro dizem que os caras quase não conseguem andar depois, de tão cansados.

Aqui no Brasil, é raro ver jogador encarando o treino 100% do tempo como se fosse jogo. Até porque muitos se poupam durante o treino físico para o hora do coletivo, que é quando o treinador dá mais atenção as desempenho do elenco.

Bom, passada essa breve crítica, começo outra.

Na minha visão, falta ao treinador de futebol, o brasileiro inclusive, o olhar microanalítico de jogo.

O que raios é esse olhar "microanalítico"?

Para ilustrar, a análise "macro" seria falar: o time teve bastante posse de bola, deu muitos chutes no gol, usou bastante a linha de fundo. Essa é a análise que praticamente todo mundo faz hoje em dia, tanto técnicos, quanto jogadores, e, principalmente, a imprensa.

A análise "micro", por outro lado, seria falar: qual jogador teve mais posse de bola; em que região do campo ele teve a posse de bola; de onde chutamos no gol; quem chutou no gol; por onde saiu o chute errado; quantos cruzamentos foram certos, etc.

Deu pra entender?

Hoje praticamente nenhum técnico analisa minuciosamente os dados de sua equipe, pra saber, por exemplo, quantos cruzamentos o lateral de fato cruzou certo.

Esses dias eu li que já existe uma empresa fazendo estatística esportiva no Brasil, e ela indicou, por exemplo, que o melhor "cruzador" do país é o Leo Moura, que acerta 27% das tentativas.

27%!!! Isso é uma em cada quatro!!

Se fosse treinador, diante de um número desses do melhor cruzador do Brasil, eu proibiria qualquer jogador meu de cruzar a bola, porque o aproveitamento seria melhor se recomeçasse a jogada.

Esse é só um exemplo do "amadorismo profissional" que ainda existe no maior esporte do país.

Abraços!

Valeu, Juca

Pessoal,

Recebi hoje um email do Juca Kfouri com uma importante crítica (positiva) ao Blog.

Só o fato de ser notado pelo cara já é uma honra!

Valeu, Juca!

Abraço

Pistorius e um causo

Fala galera,

O Oscar Pistorius, pra quem não sabe, é aquele sul-africano que corre com uma prótese nas duas pernas.

Ele tem competido regularmente entre os atletas top já faz um tempo. Hoje a polêmica que envolveu esse cara, que pra mim é um exemplo do que o esporte pode ser na vida de uma pessoa, fez com que me lembrasse de uma outra história.

O Pistorius era um cara que competia entre as pessoas com deficiência, mas era tão bom, mas tão bom, que resolveu dar um upgrade e correr com as pessoas sem deficiência alguma. O "problema" é que ele começou a ganhar...

Aí os dirigentes esportivos resolveram refletir um pouco sobre isso, e inicialmente chegaram à conclusão de que as próteses estavam ajudando o cara a ter um desempenho superior, ajudando-o a vencer, então teriam que vetá-lo das competições. Claro!

Bom, a celeuma foi resolvida, como todo mundo sabe, mas acabei lembrando de uma outra história bem curiosa.

Certa vez, os organizadores de uma maratona de revezamento resolveram incentivar as equipes profissionais que participassem, e falaram que pagariam um prêmio extra caso os atletas corressem a prova abaixo de 2 horas.

Claro que os profissionais se uniram em equipes de 8 pessoas, pra poderem "voar".

No dia anterior à prova, ao que consta, durante os últimos ajustes da pista, os organizadores resolveram empurrar uns 10 metros pra trás um cone que marcava uma curva em formato de "U". Não perceberam que isso reduziria muito o percurso (10 metros para ir e voltar, sendo 20 metros a menos no total para cada um dos 8 atletas que passasse por ali).

E o que aconteceu?

Não uma, mas duas (!) equipes conseguiram terminar a prova abaixo de 2 horas! E, claro, a redução da pista teve grande parte nisso.

Os organizadores acharam então um jeito de tirar o prêmio de pelo menos um equipe, sabe como?

Um dos atletas da equipe X tinha ficado doente no dia anterior, então o melhor atleta da equipe resolveu abrir E fechar a prova, ou seja, ao invés de correr com 8 atletas, correu com 7, e mesmo assim conseguiu terminar abaixo de 2 horas.

Para os organizadores, no entanto, não exisita permissão para correr com equipes de 7 pessoas, então não dariam o prêmio.

Lembrei dessa história por causa do Pistorius. Corredor sem prótese pode, assim como equipe com 8. Mas corredor com prótese, ou equipe com 7 não pode não!

PS: já ouvi falar que o cara que correu 2 vezes foi o Hudson de Souza, campeoníssimo brasileiro, mas não consegui confirmar a história.

abraços!

Mais planejamento esportivo

Fala galera,

Um dia me contaram que o Lars Grael, quando foi fazer uma de suas palestras definiu bem o que eu acho do planejamento esportivo no Brasil.

Segundo o Lars Grael, certa vez uma equipe italiana de vela, impressionada com os resultados que o Brasil vinha tendo nas competições internacionais, resolveu viajar pra cá e estudar o que estávamos fazendo de bom, afinal a Itália tem uma reputação navegadora a zelar.

Sabe qual foi a conclusão que tiraram?

Que o Brasil simplesmente teve sorte de uma determinada geração com o dom para o esporte, e com possibilidades econômicas de praticá-lo ter surgido ao mesmo tempo!

Ou seja, segundo os italianos (posso chamá-los de especialistas?), o sucesso brasileiro na modalidade não teve nada a ver com planejamento. Foi sim uma obra do acaso.

Abraços!

Brasil pulando longe

Fala galera!

Nas últimas semanas tivemos algumas notícias bem animadoras para o Brasil no Atletismo.

Primeiro o Mauro Vinícius da Silva foi campeão mundial de salto em distância, com uma baita marca de 8,23 m. O cara até arranhou um italiano. Ah muleque!

http://www.youtube.com/watch?v=lF8rvU_afO4

Depois, o Jonathan Silva se classificou para as Olimpíadas vencendo o Torneio FPA Juvenil e Adulto, com a segunda melhor marca do ano (17,39m).

Impressionante como o Brasil consegue produzir atletas de ponta sem um incentivo adequado!

Abraço

Guga e Fininho da Davis

Olha a coincidência!

Ontem falei sobre os duelos históricos na Davis.

Hoje o Globo.com exibe um vídeo mostrando uma reportagem feita nas partidas entre Brasil e Espanha, em 1998.

Pelo Brasil jogaram os dois jogadores mais populares da história do país, Guga e Meligeni. Pela Espanha, dois caras feras, o Corretja e o Moyá, que chegou a ser número 1 do mundo.

Muito bom lembrar dessa época.

http://globoesporte.globo.com/bau-do-esporte/videos/v/bau/1861051

Abraço!

Rugbi no Brasil

Fala pessoal,

Acho que todo mundo já ouviu falar do rúgbi, certo? Acho bem seguro dizer que não era assim até uns 4 anos atrás.

Pelo que eu ouço, pesou bastante para o crescimento do esporte o fato de o Brasil sediar as Olimpíadas.

Acho muito estranho o fato do esporte não ser popular no Brasil, apesar de sua história, de fato, não ter uma ligação umbilical com o país. Afinal, não precisa de muita coisa, somente um bola e um grupo de amigos, como o futebol - o rúgbi também tem sua "versão adaptada" para equipes menores; se o futebol tem o futsal e o society, o rúgbi tem o seven.

O rúgbi é um dos esportes mais populares no mundo pra quem não sabe. Alguns dos estádios são gigantescos, e feitos especialmente para a sua prática.

Já vi gente falando da violência nesse esporte, mas, com todo respeito, fala isso quem não o conhece de perto.

O problema, na minha visão, é que o esporte algumas vezes é transmitido de forma equivocada para algumas pessoas que começam a praticar a modalidade pensando justamente em "apavorar" a galera. É a mesma coisa com as artes marciais, por exemplo.

Esse esporte é belíssimo quando visto com os olhos do verdadeiro amante esportivo. O espírito de companheirismo é muito valorizado entre companheiros de time e seus adversários. O respeito entre os competidores se destaca, mas para mim o que mais impressiona é o respeito com o árbitro da partida! Ninguém fala um "A" para o juiz!

Dá uma olhada neste vídeo. O cara começa a reclamar com o juiz e ele fala: "isso aqui não é futebol, tá claro?". Demais! 

http://www.youtube.com/watch?v=RXoBNFOxlQM

Impossível não falar um pouco sobre o time Neozelandes, os All Blacks.

Quem nunca viu precisa ver o Haka, o ritual que os jogadores neozelandeses fazem antes dos jogos. Eu arrepio toda vez que assisto. Os caras mostram a tradição que o esporte carrega no país. Simplesmente animal.

Nesse vídeo, o time do País de Gales se recusa a mostrar "submissão" ao Haka: http://www.youtube.com/watch?v=6fYIUdVNFgU&feature=related.

Aqui os All Blacks se apresentam a um líder Maori de terno e gravata: http://www.youtube.com/watch?v=2Vxy_-e_hZ8&feature=related (no fim dá pra ver quanto os caras ficam verdadeiramente emocionados de terem tido essa oportunidade).

Isso é o esporte!

abraço!

Atletas na balada

Fala galera,

Ultimamente vimos várias notícias de atletas curtindo a vida adoidados na balada.

Já vi alguns ex-jogadores falando que não tem problema, que o cara faz o que quiser fora do trabalho, que a vida pessoal do jogador não é assunto de ninguém, etc.

Eu penso muito o contrário. E explico.

O atleta, seja jogador de futebol, basquete, ou tênis, escolheu uma profisão em que seu instrumento de trabalho é o próprio corpo. Ora, em princípio, quem escolhe essa profissão deveria gostar de... cuidar do corpo!

Fazendo um paralelo simples, o jogador que se joga na balada (desrespeita aquilo que ama: o corpo) faz o mesmo que o dentista que tem uma cárie (desrespeita aquilo que ama: a saúde bucal).

Bom, ok, vamos supor que o cara não escolheu a profissão de atleta porque queria tal profissão pelo fato de ela pressupor o cuidado ao corpo. Vamos supor que o cara escolheu essa profissão porque... porque... sei lá... porque ela dá dinheiro, vai.

Olha só, o clube vai pagar uma grana pro cara jogar bola, por exemplo. O cara que sai de balada e vai treinar no dia seguinte não vai render tudo aquilo que pode, com certeza.  E aí? Como fica o clube que pagou o salário do cara? Tem que deixar quieto porque ele faz o que quiser no tempo livre?

Já vi muita gente falando: "ah, mas o Romário jogava melhor quando saía". É um absurdo de lógica falar isso. Primeiro que não sabemos quantas partidas ele jogou mas depois da balada, porque o destaque sempre foi para os jogos que ele jogou bem. Segundo que não tem como saber se ele teria jogado melhor se não tivesse saído, ou mesmo se os gols dele resultaram do acaso mesmo.

Resumindo, acho que o atleta, quando assume essa carreira, compromete-se a zelar pelo seu corpo, afinal depende dele para render bem em sua profissão. Lógico, se o cara quiser pegar uma balada nas férias porque não tem que treinar durante um mês, não vejo problema, porque isso não vai ser relevante para um treino ou jogo.

Abraço!

Planejamento no esporte

Fala pessoal,

Hoje ouvindo o rádio ouvi alguns comentários sobre o "planejamento" esportivo.

A palavra sempre é muito usada no começo de temporada para falar dos times de futebol, a opinião que expresso aqui vale pra qualquer esporte.

Pra início de conversa, eu acho bem questionável o uso do termo pra qualquer time de futebol do Brasil. Pra começar que um time que "tem" planejamento em um ano e não tem no ano seguinte, pra mim, não tem planejamento nenhum.

Digo isso porque é muito comum ouvir comentaristas falando "ah, o time X se planejou muito bem para esse ano". Ora, isso é planejamento ANUAL quiçá, e não planejamento no sentido estrito da palavra. Até o governo, de quem reclamamos tanto se planeja melhor, com um Plano Plurianual, uma Lei de Diretrizes Orçamentárias e um Orçamento!

Bom, voltando ao assunto.

Qualquer planejamento, inclusive um plano de negócios de uma empresa, visa traçar uma estratégia para o crescimento e prosperidade de algo. O plano geralmente estabelece as diretrizes de condução do negócio, além de tentar ao máximo evitar os percalços que podem aparecer no caminho e predefinir estratégias a serem tomadas quando algo dá errado.

Aí o esporte apresenta uma peculiaridade que o faz ser o que amamos.

Por mais que uma equipe se planeje, SEMPRE existe uma chance de derrota. Claro, no mundo dos negócios também é assim, mas no esporte as reações são incrivelmente imprevisíveis.

Um time pode ter sido muito bem montado, muito bem treinado e estar muito bem para uma partida. Mas isso apenas reduz o seu risco, e, consequentemente, aumenta suas chances de vencer.

Na minha opinião isso se dá por causa de um elemento do qual ainda falarei muito: o acaso.

É por isso que vemos, de vez em quando, um Japão sendo campeão mundial de futebol feminino, ou um Asa de Arapiraca ganhando do Palmeiras.

Ou alguém acha que o "planejamento" do Japão foi melhor do que o das americanas, ou então que o Asa de Arapiraca se preparou metodicamente para o jogo contra o Palmeiras?

Abraço!

terça-feira, 3 de abril de 2012

O segredo dos quenianos

A notícia é sobre corrida agora, pessoal.

Há algum tempo li uma reportagem muito interessante do Adharanand Finn na revista Runner´s World, na qual o próprio repórter explora os segredos escondidos na rotina dos quenianos corredores.

Para isso, o louco foi passar uma temporada de 6 meses no Quênia, correndo e vivendo como um verdadeiro queniano.

Tem umas coisas bem interessantes na matéria, como, por exemplo, o fato de ter perdido numa prova para um nativo de 75 anos que corria com os pés descalços.

Descobrimos (eu descobri, pelo menos) que as provas regionais do Quênia podem ser mais acirradas e competitivas do que algumas provas do circuito mundial, a ponto de relegar a um tricampeão da maratona de Londres/ bicampeão da maratona de Nova York a modesta 33ª posição.

A rotina de treinos que o repórter narra é impressionante. Os caras variam treinos de velocidade, com treinos de subida (em que eles basicamente sobem e descem uma ladeira) e, claro, treinos longos.

Duas coisas para as quais o autor chama a atenção são bem interessantes: o descanso dos super atletas e o método.

Primeiro, ele destaca que quando vão descansar, os caras realmente descansam. Ou seja, bem diferente do europeu, ou do americano, eles não vão pro bar descansar (nem pro samba!). Um dos segredos pode estar aí, afinal respeitar o próprio corpo é básico em qualquer esporte.

Nesse sentido, outra curiosidade referente ao méteodo dos quenianos se destaca. O repórter fala que eles são bem "light" com a planilha de treinos. Se o cara tá cansando num dia em que teria que treinar, ele não esquenta a cabeça. Descansa. Simples assim.

Outra vantagem é bem destacada na reportagem. Na região em que o repórter se refugiou, de onde saíram vários atletas de destaque, as crianças não tem escolha: tem que ir correndo pra escola, pra casa e pro trabalho. Ou seja, quando chegam aos 20 anos de idade, os jovens já tem, no mínimo, 12 anos de treinos nas costas... aí complica!

Pra quem curte corrida, recomendo muito a revista. Fora matérias bem legais como essa, eles dão várias dicas bacanas pra todo tipo de corredor (p.ex: o que comer antes de uma prova, como calcular seu ritmo ideal, como montar uma planilha de treinos, etc). Fica o site deles aqui: http://runnersworld.abril.com.br/ .

Abraço!

Amarelou?

Fala Pessoal,

Escrevendo o post sobre a Copa Davis, comecei a pensar no desempenho de vários times e atletas quando são favoritos.

Na minha opinião, a cabeça do atleta antes de um jogo/campeonato fica muito diferente quando o cara é favorito e quando não é. Sempre rola aquela pressão em cima do favorito, afinal, se ele ganhar não tem nada de mais, mas se perder...

Os "zebras" geralmente se aproveitam da sua condição também. Jogam mais soltos, sem responsabilidade, arriscam mais, dormem mais relaxados na noite anterior.

O que eu acho interessante nisso tudo?

Duas coisas.

Primeiro, como ninguém fala dos pontos positivos de ser o favorito. Ou você acha que o Nadal não sabe que bota um terror no cara que entra em quadra sabendo que vai encarar um louco que vai correr 5 horas se for preciso, e que não toma winner a menos que você coloque a bola na linha? O benefício é evidente: primeiro que muitos desanimam se perderem o primeiro set, e, segundo, que a maioria vai arriscar algumas bolas "inacertáveis" pra tentar vencer alguns pontos.

Segundo, como são fenomenais os atletas que não sucumbem à pressão e se superam quando os olhos do mundo inteiro estão sobre eles.

De cara eu penso em dois brasileiros: Cesar Cielo, Robert Scheidt. Lembro também das seleções de Volei, que tão sempre no topo.

Eles sabem que são os melhores e sabem que "tem" que ser os melhores. Menos do que isso vão ser bombardeados por questionamentos, dúvidas, críticas. E mesmo assim não decepcionam na hora H.

No exterior eu consigo lembrar de vários atletas que eu admiro demais por terem essa característica. Kobe Bryant e Jordan, no basquete; Nadal, Federer, Sampras e Agassi no tênis; Usain Bolt e Isinbayeva no atletismo; Tadahiro Nomura no judô.

O que será que faz esses atletas terem essa capacidade?

Eu já pensei várias vezes sobre isso, e por mais que falem que é "confiança", "força mental", "raça", eu tenho uma tese bem diferente.

Sabe qual?

De que os caras jogam na inércia nessas horas.

Pra explicar melhor, pense num cirurgião. O cara é muito bom no que faz, tem a mão boa pra caramba, e opera muito bem. Você acha que na hora do aperto, que o cara consegue dar aquele ponto ou parar aquela hemorragia por que ele tem "confiança"?

Pode até ser, mas não é assim que penso.

Eu acho que o cara é simplesmente muito bem treinado e preparado para exatamente aqulela situação. É por isso que o cara estuda (cirurgião) ou treina (atelta). Então quando chega na hora, o cara simplesmente faz. Não pensa. Faz.

Aí você me pergunta: então por que tem os atletas que "travam"?

Por que não estão treinados o bastante, muito menos condicionados a reagir instintivamente. E a base disso é treino!

Abraço

Brasil na Davis

Fala Pessoal,

O Brasil enfrenta a Colômbia neste final de semana pela Copa Davis.

Sobre o confronto, indico a vocês o melhor blog que conheço sobre tênis, o Saque e Voleio (http://globoesporte.globo.com/platb/saqueevoleio).

Acredito muito na vitória do Brasil, afinal, na minha visão tem tanto o melhor tenista entre os dois times (o que, em tese, garante 2 pontos), quanto a melhor dupla.

Claro que se existe um torneio de tênis em que uma zebra pode acontecer, esse torneio é a Davis. Nessa Copa do Mundo dos países o esporte se tranforma. Para quem já teve a oportunidade de ver uma partida in loco, não preciso nem explicar. Pra quem nunca viu, pode ter certeza que a coisa ali é brava.

Primeiro que a torcida se comporta de maneira totalmente diferente. São muito comuns os gritos em momentos "inadequados", e a comemoração é absurda a cada ponto em muitos casos. A emoção às vezes fica tão à flor da pele que episódios tristes podem acontecer, como esse aqui http://www.youtube.com/watch?v=rsoXrNyFArE .

Mas, para mim, o que fica muito diferente nas partidas de Copa Davis são os jogadores.

Imagina só você que já jogou alguma partida num torneio interclubes, o que deve ser representar o país no "campo" adversário, com alguns milhares gritando o tempo inteiro na sua orelha. Deve ser uma soma pesada de fatores: cobrança pelo resultado, pressão quando você é o melhor ranqueado do confronto, pressão da torcida...

Lembro bem quando o Brasil estava numa época "melhor" no tênis, com Guga, Meligeni, Oncins e outros. Os confrontos eram históricos. Contra a Suécia de Muster e a Austrália de Hewitt são os que eu mais me lembro.

Pode ser só minha impressão, mas o Jaime Oncins muitas vezes travava bonito na hora de sacar. Do olhar de um Amador que já passou por isso algumas vezes, ficava parecendo muito que aquilo era a pressão do momento. O mais legal é que sempre que isso acontecia, o parceiro dele, geralmente o Guga, "puxava-o" incansavelmente o resto do jogo, mostrando o que o esporte realmente é. Esse é o tipo de coisa que faz a Davis ser o que é.

Abraço!

Undefeated

Fala pessoal,

Vocês já ouviram falar do documentário "Undefeated"?

Esse documentário ganhou o Oscar este ano, e essa notícia quase não repercutiu por aqui.

O filme mostra a história de um time "azarão" de futebol americano.

Eu tô louco pra ver esse filme desde que vi o trailer (http://www.youtube.com/watch?v=SPtzLMulSKU), mas a chance de conseguir isso licitamente é bem remota.

Infelizmente, essas obras tão bacanas não aparecem muito por aqui, como foi no caso do documentário "The dotted line" (sobre a profissão dos agentes esportivos nos EUA), que a ESPN mostrou um tempo atrás.

Por que será que é tão difícil ter acesso a esse tipo de cultura?

Abraço!

Ciclistas de rua

Fala, Cidadão!

Vamos falar do movimento ciclista nas grandes metrópoles.

Já deixo aqui minha posição: sou totalmente a favor da ampliação das ciclovias, ciclofaixas, etc.

Não acho que seja a solução mais urgente, porque o metrô é muito mais eficiente, e pode beneficiar tanto quem tem bike quanto quem não tem. Mas que a cidade pode ganhar muito com as bikes, isso pode.

Bom, a principal discussão hoje em dia, especialmente por causa de vários tristes acontecimentos recentes, é a falta de respeito que os motoristas tem com os ciclistas.

Mas vamos falar a verdade? O problema é que ninguém respeita ninguém! O motorista não respeita o ciclista, que não respeita o pedestre, que não respeita a si mesmo.

De fato, os motorista estão de brincadeira hoje em dia. Não param na faixa pro pedestre passar, não respeitam a sinalização do asfalto, não dão seta para mudar de faixa, xii, essa lista aqui vai longe.

Mas, pessoal, o respeito tem que ser mútuo para chegarmos a qualquer lugar. Vejamos alguns pontos que eu não vi ninguém falar ainda.

Os ciclista batem muito na tecla da distância mínima de 1,5 metros que os carros tem de manter das bikes. Perfeito. Tá no Código de Trânsito, é só ir lá olhar. Os bikers só querem o cumprimento da lei.

Mas olha só que curioso. Muitos dos próprios ciclistas não respeitam essa distância! É comum demais ver os ciclistas fazendo que nem os motoboys, e usando o "corredor" que se forma entre os carros. Ora, se nem eles respeitam a distância, como querem ser respeitados?

Outra dos ciclistas: já vi muitos andando no meio da faixa. Pessoal, o ciclista anda à direita do fluxo! Se o ciclista ficar no meio da faixa, ou entre duas faixas, ele bloqueia 1,5 metros para cada lado! Isso são 3 metros de pista, o que também é contrário à lei de trânsito.

Outra dos ciclistas: onde estão os capacetes, pessoal? Se reclamamos segurança, somos os primeiros a garanti-la.

Mas minha principal crítica tanto para os motoristas quanto para os ciclistas é que nenhum deles respeita o pedestre. Sim, o pedrestre é o mais fraco elemento no trânsito, e sabe quantas vezes eu vi um ciclista parando para um pedestre atravessar?? Nenhuma, porque o ciclista geralmente não quer perder o embalo. Para conferir isto, basta ir ao parque do ibirapuera e tentar atravessar a ciclovia. Impossível! Ninguém para!

Se no parque ninguém respeita, imagina só na cidade...

No fundo, o que falta é respeito. O pessoal anda tão estressado que o trânsito parece uma disputa de território.

abraço

Notícias do Dia

Notícias do dia

Barcelona e Milan:
Já cravei vitória fácil do Barça.

Neymar compra iate:
Parabéns pra ele, fez por merecer.

Depoimento do Michael e punição ao Porto:
Preconceito no esporte é ridículo. Aliás, não faz nem parte do esporte. Na maioria das vezes é praticado por um grupo de manés que se aproveitam do anonimato pra que ninguém identifique o tamanho da sua pessoa.

Cassano liberado:
Sou fã dele. Joga muito.

Ex-jogador no comando

Fala galera,

Voltando ao assunto da administração do esporte no país, fico um pouco triste quando vejo algumas decisões tomadas por algumas entidades esportivas.

Ressalto que tudo o que vou falar tem a ver com o jeito que vejo o esporte, e não por preconceito ou crítica pessoal a qualquer pessoa.

Na minha opinião, o esporte tem que ser gerido de forma absolutamente profissional, aproveitando, como se fosse dentro de uma empresa, o que cada pessoa tem de melhor.

Fico me perguntando como um jogador de futebol pode se tornar diretor/gerente de um clube.

É indiscutível que qualquer jogador sabe muito mais do que acontece dentro de campo ou do vestiário do que qualquer um. Indiscutível.

Porém, daí até uma gerência ou diretoria são outros quinhentos.

Afinal, o que faz um gerente de futebol?

Pra mim o cara tem que saber de finanças, administração, marketing. Poxa, pra trazer um jogador de futebol pra um clube, não basta saber se ele é bom, concorda? O cara pode ser muito bom, mas se custar 50 milhões, talvez o negócio não valha a pena. E quem vai dizer isso vai se um ex-jogador de futebol? Pra mim seria muito mais eficiente se fosse alguém que manja de número, junto com o ex-jogador, pelo menos...

Administrar um clube, ou uma confederação, ao menos em teoria, não é tarefa fácil nem pra um administrador, como é que pode então um cara sem conhecimento específico em contabilidade, administração, marketing, etc. tomar conta de uma "empresa" dessas?

Não to dizendo que um ex-jogador não seja importante. É importante demais! Só que, na minha opinião, o cara tem que ajudar com aquilo que ele é profissional: dentro das quatro linhas. O melhor exemplo pelo que vejo por aí parece ser o Milton Cruz, do São Paulo, que se dedica a encontrar novos jogadores e atua no meio de campo entre jogadores e comissão técnica.

É a mesma coisa que o dirigente ir treinar o time... o cara não sabe o que tá fazendo!

Pra mim tem que ser assim: jogador joga, treinador treina, administrador administra.

abraço

Obs: hoje, a Folha.com faz uma enquete perguntando "quem você gostaria de ver na presidência da CBF", elencando entre as opções Romário, Paulo André e Ronaldo...

Mercado Esportivo

Fala galera,

Tava lembrando de um caso aqui.

Uma vez a cidade de São Paulo resolveu abrigar um torneio de tênis master, com jogadores veteranos, que em sua época eram tops.

O que aconteceu com a média de público no evento?

Baixíssima!

Lembro que o Fernando Meligeni, na época, escreveu um post em seu blog afirmando estar decepcionado com os amantes do tênis, afinal, reclamamos tanto da falta de torneios por aqui, e quando os caras vem ninguém comparece.

Eu tenho uma visão um pouco diferente.

Primeiro, ninguém perguntou se eu, amante do tênis, queria ver um torneio de ex-tenistas. O que eu quero dizer é que isso é uma decisão de mercado... não dá pra fazer um torneio sem saber se vai ter público! Não adianta contar com a boa vontade da galera.

Não adianta o esporte ser largado por anos a fio, e, de repente, trazer um torneio e esperar que alguém compareça. Poxa, de repente ninguém curte tênis, e aí?

Radicalizando, é a mesma coisa que nas Olímpiadas do Rio algum brasileiro reclamar que ninguém foi prestigiar a equipe de tiro... poxa, ninguém sabe as regras do tiro, ninguém nem teve chance de saber se gosta de tiro, e mesmo que tivesse a chance, é possível que a pessoa odiasse tiro!

O que quero dizer é que tudo é muito bagunçado quando se fala em desenvolvimento esportivo no país, e uma das explicações é que parece que querem comandar o esporte com o coração e não com a cabeça.

No caso no torneio de tênis acima, ninguém parou pra pensar que talvez não existisse um mercado consumidor pro que eles tavam oferecendo?

Esse caso aí foi só pra ilustrar, porque existem tanto outros que mostram que a administração esportiva no Brasil deixa a desejar.

abraços

Esporte nos EUA 2

Voltei!

Só mais uma coisa sobre o esporte nos Estados Unidos.

Essa história do americano cultivar o amor pelo esporte desde que é criança explica muita coisa que acontece por lá e por aqui também.

Veja, por lá, o cara vai no estádio/ginásio desde cedo com a família, faz amigos no time do colégio, mantem-se atento à mídia esportiva desde sempre. Com isso, eles não tem que lidar com um monte de problemas que encaramos por aqui.

Olha só, o cara passa a exigir um ginásio mais confortável, por que, afinal, aquele é o ambiente que ele quer levar o filho dele... se o estádio for sujo, ele simplesmente não vai, e o time para de ganhar essa grana.

Praticando esporte, o garoto cria laços eternos com ao menos uma modalidade, e, querendo ou não, vai gastar mais dinheiro durante toda sua vida com esse amor: camiseta, caneca, boné, etc. Mais grana circulando.

Por fim, o cara apaixonado pelo esporte vai buscar notícia sobre o seu time, ou sobre o seu esporte mesmo todos os dias, e o que isso faz? Desperta a atenção dos patrocinadores dos times!! Afinal, tudo o que eles querem é visibilidade para suas marcas!! E o valor do patrocínio nesse caso, já viu né...

Aqui no Brasil a coisa é beem diferente.

Os clubes de futebol choram por patrocínio, os esportes menores choram por mais praticantes. Tô errado?

Somente quando tivermos uma cultura esportiva desde a infância é que alguma coisa muda!

Abraços

Esporte nos EUA 1

E aí, pessoal!

Ontem aconteceu a partida final do campeonato de basquete universitário nos Estados Unidos. Quem venceu foi o time de Kentucky, mas queria falar de outra coisa aqui que não é a partida.

É difícil achar uma coisa no esporte universitário americano que não chame a atenção. A média de público nos ginásios é absurda (na final, salvo engano, eram 55 mil), o nível atlético é impressionante (os jogadores estão a um passo dos profissionais) e a organização é de outro mundo.

Bate um pouco de tristeza de olhar para o espetáculo que os caras conseguem oferecer por lá e comparar com o que a gente tem por aqui.

Nos Estados Unidos, o esporte é valorizado de uma forma totalmente do que em qualquer outro lugar do mundo (talvez nem tanto na China, mas por lá eles não tem muita opção, infelizmente). O aprendizado sobre os valores do esporte e a importância dele na construção do caráter de uma pessoa começam logo cedo, e perduram por toda a vida da pessoa.

Vale dizer que as maiores e mais reconhecidas faculdades do mundo (grupo conhecido como Ivy League) apesar de não terem as melhores equipes, valorizam demais o currículo esportivo dos candidatos às suas vagas. Basta lembrar que tanto o fenômeno Jeremy Lin dos Knicks, quanto James Blake, que foi top 10 da ATP, saíram de Harvard (!).

A criação e fomento dessa cultura esportiva, no sentido mais fiel da palavra, permite que o nível atlético dentro das quadras e campos seja cada vez maior pelas bandas de lá. Claro! Quanto mais gente jogando, mais gente competente, mais competição entre os atletas e melhor o cara vai ter que ser pra aparecer.

Fora isso, com milhões de pessoas atentas ao esporte, mais dinheiro entra para financiar todo tipo de prática esportiva, mais dinheiro entra no bolso de atletas, técnicos e times, seja por meio de patrocinadores, venda de produtos, etc - incluído aí o mercado universitário.

Voltaremos a isso em outros posts!

Abraços!

O Barcelona

Fala pessoal,

Hoje é dia de Barcelona e Milan, com transmissão direta.

Como todo mundo tem seu palpite, fica o meu: Barça ganha fácil (talvez o placar não seja elástico, mas o domínio de jogo vai ser pleno).

Todo mundo já sabe que esse Barcelona é um dos melhores times de todos os tempo, mas muita gente ainda tem medo de falar que é O melhor. Eu, pessoalmente, não tenho dúvidas. Geralmente quem tem mais de 40 anos de idade garante que já viu time melhor, como por exemplo a seleção brasileira da Copa de 70, ou a da Copa de 82, ou até mesmo o próprio Barcelona, quando jogava com os medalhões holandeses.

No entanto, me parece que o atual time ganharia de qualquer uma dessas equipes.

Muitos dirão que cada time tem que ser analisado de acordo com o seu tempo... mas a verdade é que não vejo impedimento pra fazer a análise em alguns casos. Alguém acha que o Messi não brincaria com o Carlos Alberto Torres marcando? Ou que o Xavi dominaria o meio de campo contra qualquer equipe?

Essa é minha opinião.

Não vou nem começar a falar em que lugar da lista de melhores jogadores do mundo eu coloco o Messi...

Abraços!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O começo

Fala Pessoal,

Esse aqui vai ser um blog pra todo mundo que é apaixonado por todo tipo de esporte, de futebol a curling, de tenis a pelota basca.

Vamos das atenção pra tudo dentro do esporte que merece. Tudo aquilo que faz a verdadeira paixão de quem torce eclodir, tudo aquilo que consegue transformar o simples fato de um homem jogando bola em momentos históricos.

Enfim, esse lugar aqui é pra quem vê o esporte como algo que vai além, mas muito além de exercício físico.

É pra todo mundo que não tira o olho de uma televisão quando tá sintonizado na espn/sportv, pra todo mundo que já acordou as 7 da manhã de domingo depois da balada pra ir jogar, e pra todo mundo que consegue ficar uma noite inteira discutindo o verdadeiro motivo de uma derrota de um certo time.

Colaborem à contade!

Abraços