Fala pessoal,
Nesta segunda-feira a seleção feminina de basquete jogou contra os EUA, em partida amistosa preparatória para os jogos olímpicos.
A derrota por 99x67 foi mais do que justa, na minha opinião. Achei o time brasileiro surpreendentemente inferior ao americano. Claro, favoritismo sempre haverá, mas achei que o time brasileiro foi atropelado "demais".
Desde o começo do jogo o Brasil sentiu demais a marcação pressão feita na quadra inteira pelas americanas. Mas, numa boa, time profissional tomar sufoco em marcação pressão é dureza. Parecia que o time tinha sido surpeendido com a postura defensiva americana, o que não é tolerável jamais.
Para deixar bem claro, o que não acho tolerável é a surpresa, não a derrota. Acredito que um time que quer vencer, especialmente num ano olímpico, deve estar preparado pra tudo.
Fora isso, vi algumas coisas que eu, pessoalmente, não gostei, e dou alguns exemplos.
Mesmo com a dificuldade de levar a bola até a quadra de ataque, não vi nenhuma vez uma pivô "escoltar" a armadora para o ataque, quando esta estava sendo marcada individualmente. E isso é a coisa mais básica do basquete! Uma pivô, no mínimo, tem que fazer uma sombra sobre a armadora adversária para ajudar a nossa armadora a chegar no ataque.
Também não gostei de não ter visto corta-luz algum fora da linha dos três na nossa ofensiva. Vi sim muitos corta-luzes feitos lá embaixo, no garrafão, com o intuito principal de propiciar às nossas alas receberem a bola com mais espaço, mas não vi nenhum feito para ajudar nossa armadora a trabalhar a bola menos abafada na região da cabeça do garrafão.
Detalhes como esse, na minha opinião, fizeram com que cada vez mais as jogadores chutassem desequilibradas, o que, obviamente, aumenta o percentual de erros.
Por último, destaco a "pressa" do time.
O ritmo imposto em jogos nesse nível é muito rápido, e a transição defesa-ataque dos dois times geralmente é muito forte. Mas o time não pode confundir a velocidade com a pressa! Uma vez que temos a bola na quadra de ataque, é tarefa da jogadora definir de forma equilibrada, seja antes dos 10 segundos de posse de bola (contra-ataque), seja perto dos 24 segundos.
Exemplo do que disse no último parágrafo foi uma jogada da Iziane no primeiro quarto, quando, num contra-ataque em que tinha duas companheiras livres, ou a opção de ir para a bandeja no 1x1, ela fez uma "parada brusca" e chutou da cabeça do garrafão. Errou.
Sobre esse jogo era o que tinha a dizer. Agora vou voltar ao jogo masculino, liderado, por enquanto pelo Brasil.
Toma essa, Obama!
Abraços
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