sexta-feira, 20 de julho de 2012

Atletas e sua imagem

Fala pessoal,

Tudo certo?

Esse episódio com a Iziane me fez parar pra pensar na despreocupação que a maioria dos atletas tem com a sua imagem durante a carreira.

Como bem sabemos, é muito difícil para um atleta profissional manter seus rendimentos ($$) quando finda sua carreira dentro das quadras.

Por isso eu fico indignado com histórias como a da Iziane. Poxa, querendo ou não, a menina é a melhor jogadora brasileira dos últimos anos, e podia estabelecer-se como símbolo de uma geração. Tudo bem que, provavelmente, seria símbolo de uma geração com poucas vitórias, mas pelo menos seria lembrada como "dona" de uma época.

Parei pra pensar no quanto casos como estes podem afetar o bolso de um atleta, especialmente em sua "aposentadoria".

Evidente que enquanto a Iziane (por exemplo) continuar "entregando" dentro de quadra, dificilmente faltará uma equipe querendo contratá-la. Mas e depois? Como fica?

Vejo a mesma coisa acontecendo com o Ronaldinho Gaucho, com a diferença de que ele está num patamar em que dificilmente faltará dinheiro. Mas o caso é o mesmo. O cara tinha tudo para ter uma imagem fenomenal por 50 anos (ou eternamente), e deixou esta imagem ser corroída por histórias evitáveis.

Do lado oposto, apenas para visualizar melhor, vejo o Denilson. O cara cultivou uma imagem simpática durante toda a carreira de jogador, sempre atencioso e até mesmo engraçado. Finda sua carreira, rapidamente virou objeto de desejo de emissoras de TV. Outros exemplos que enxergo são o Tande e o Giovane do Volei. Cara, o Giovane tá fazendo propaganda de faculdade às custas de uma imagem estabelecida há 20 anos!

Na minha opinião, o que acontece em casos como o da Iziane ou do Ronaldinho é uma miopia por parte dos atletas mesmo. Eles não conseguem ver, em momentos críticos, que sua carreira não necessariamente tem 10, 15 anos, mas que ela poderia ter 30 ou 40 anos.

Apenas para finalizar com outro exemplo admirável de cuidado com a imagem, indico as irmãs gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca, que estiveram ontem no programa do Danilo Gentili.

Essas duas vieram de um esporte completamente marginal na cultura do país, não tem o melhor retrospecto dentro da piscina, e mesmo assim são símbolo de sua época. Por isso conseguiram não apenas chamar mais atenção para toda a modalidade, mas também contratos publicitários significativos - elas vão para as Olimpiadas contratadas pela Adidas, mesmo não tendo se classificado!! Parabéns a elas.

Esses casos de sucesso, no entanto, são exceções no Brasil, concordam?

E depois ainda querem falar de "planejamento esportivo" por aqui...

Abraços!

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