Fala pessoal,
Aproveitando o gancho do ultimo post do Blog do Fininho (http://espn.estadao.com.br/post/285026_hoje-o-papo-e-sobre-aposentadoria-ate-quando-jogar), pensei em falar sobre aposentadoria dos atletas.
Quem já passou por aqui sabe que tenho um olhar bem pessoal sobre a vida de atletas no que diz respeito ao cuidado com as suas finanças pessoais.
E é aqui que já fixo um ponto diferente do que sempre leio por aí.
Estamos acostumados a ler que um atleta deve parar "por cima" ou "enquanto ainda está no auge". Eu pessoalmente, acho que esse conselho não tem nada a ver, na maioria dos casos, e me explico.
Na minha opinião, o que o atleta tem que levar em condideração na hora de parar é sua vida financeira pós-quadra/campo/pista.
Veja só.
Para o atleta que vive seu auge aos 30 e poucos anos, talvez realmente valha a pena parar enquanto está bem, mas por um motivo claro: a imagem de fixada no fim de carreira pode lhe render mais frutos do que a decisão de jogar 1 ou 2 anos a mais - ele pode ganhar uma boa grana em torneios nesses 2 anos, ou nem tanto, mas correr o risco de se aposentar sem uma imagem tão bacana; se decidir parar, no entanto, pode virar comentarista por 10 anos, ser contratado como garoto propaganda de alguma marca, virar técnico, etc.
Na maioria das vezes, no entanto, o conselho de "parar enquanto está bem" não valeria a pena, na minha opinião. Uso como exemplo o caso do tenista. Na minha opinião, o cara não podia parar justamente quando estava bem, porque sua vida financeira dependia daquela boa fase. Infelizmente, por motivos ainda não muito claros para mim, o cara não tinha uma grande repercussão de mídia, patrocinadores, etc.
Como você vai chegar num cara desse e falar: "olha, aposente-se agora que você está ganhando uma grana legal, para enquanto está por cima"??
São casos e casos. Para o Federer, por exemplo, não seria tão mau negócio parar agora. Mesmo inativo, o cara com certeza manteria uma porrada de patrocinadores, viajaria o mundo com tudo pago, receberia inúmeros convites para eventos, etc.
São casos e casos. O problema é que a grande mídia geralmente pega os caras absurdos (Ronaldo, Guga, etc) e fala generalizando "tem que parar quando está por cima".
O negócio não é bem assim...
Abraços!
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